cantar a leitura na casa de ruínas
abro o corpo à espera do poema. abro os olhos, fio com a lâmina da
voz, deito nos pés o início da escrita.
da casa de ruínas restam folhas, [retalhos do todo], guardadas na
espessura da pedra.
é no corpo que a casa desenha o espaço do poema.
é no corpo que o poema inicia o seu outono:
deixar as folhas caírem.
corpo-folha alargado sobre o chão do tempo.
e o poema, deitado-pedra, ensina a prece do dia.
rezar a leitura, ela tinha dito.
Ai Jana, que lindo!
ResponderExcluirAdmiro muito você e sua escrita.
Beijinho